terça-feira, 3 de novembro de 2015

Sobre pessoas que traem...


Chega ser estranho falar disso. Afinal, depois usar um smartphone é a coisa mais “comum” hoje em dia. Traição.

Poderia falar aqui sobre vários tipos de traição e daria praticamente um livro sobre isso. Mas não quero falar sobre ela. Quero falar sobre as pessoas que possuem esse hábito, se é que isso pode ser chamado assim.

Na praia, estive reparando as pessoas à minha volta. Mania de psicólogo, ou não, observar sempre foi algo que fiz bem. O outro deixa muitas evidências. Reparei enquanto um menino brincava com uma espada de brinquedo com, provavelmente, seu pai na calçada de uma rua. A mulher ao lado tirava fotos deles e sorria, enquanto segurava um bebê e um cachorrinho pela corrente.

Fico pensando caso um deles (do casal) resolva esquecer a promessa, muitas vezes silenciosa, mas primordial, de um relacionamento: o respeito.

É completamente fora de contexto para mim, a pessoa chegar em casa, dormir na mesma cama, beijar os filhos no quarto ao lado, alimentar o cachorro que escolheram juntos, e simplesmente, como se fosse tão natural quanto comer arroz com feijão, trair.

Não consigo entender como alguém, em plena consciência, consegue abandonar uma família pela qual tanto lutou por alguém completamente sem escrúpulos (que se fosse de boa índole jamais se permitiria estar em uma situação dessas), algo que não se sabe de onde veio e por que motivo foi acontecer naquele momento.

E não venha me dizer que é amor.
Amor não destrói lares.
Amor não destrói corações.
Amor não despedaça famílias.
Amor não afasta o que é bom.
Amor não estraga relações.


O amor, para mim, jamais, EM HIPÓTESE ALGUMA, iria infringir a maior de todas as leis relacionais. Ele mesmo, o respeito. A partir do momento que não há respeito, não há amor.

Talvez a palavra-chave seja caráter. Podemos escolher o que quisermos, desde que estejamos convictos de que tudo o que fizermos ao outro, voltará para nós. Se não quero mais viver naquela casa, com aquela pessoa, por que não chegar para ela e conversar? Se não houver jeito, ok. Vá embora. Junte suas coisas e vá. Mas antes de fazer qualquer outra coisa, respeite. Seja verdadeiro com o próximo. Só assim você conseguirá a verdade para si.

Pessoas de caráter sabem a hora certa de dizer não. Sabem exatamente quando é preciso pensar duas vezes antes de tomar certas atitudes destrutivas.

Garanto que o sofrimento não é apenas de uma parte. O sofrimento corrói tudo o que pertence àquela relação.

O cuidado que queremos para nós, é o mínimo que podemos ter para com o outro.

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